Essa coluna foi criada para prestar dicas que façam diferença no cotidiano do profissional de Saúde. Biossegurança (BS) é nossa primeira contribuição.Conceitualmente a prática de BS é uma corrente e todos seus elos são igualmenteimportantes. “A corrente nunca é mais forte que seu elo mais fraco”, nos ensinam os Mestres Dr. Sérgio Lima e Dra. Isabel Yoko Ito, da FORP-USP.
A “lavagem de instrumental” é um desses elos. A não remoção de tecidos orgânicos na superfície de um instrumento tem como consequência manchas, danos nos fios de corte, além de provável recontaminação principalmente durante o período de armazenamento, rompendo acadeia de proteção de pacientes e usuários. Protocolo sugerido:
1. Desinfetar: submeter o instrumental a imersão química imediatamente após o uso, observando o tempo conforme fabricante e data de validade do produtodesinfetante;
2. Pré-lavar: paramentado e com mãos devidamente protegidas, remover sujidades e tecidos orgânicos com detergente adequado, escovas de cerdas macias cabo longo, escovas para brocas, escovas para lúmen, cuba profunda etorneira direcionável com água abundante;
3. Lavar ultrassonicamente: recomenda-se lavadora US acima de 30.000Hz, com aquecimento, água misturada a elemento enzimático para atuar em pontos do instrumento de difícil acesso;
4. Enxaguar: utilizar água corrente potável e abundante, até eliminar completamente resíduos de detergentes e líquidos enzimáticos;
5. Secar: para evitar a interferência deumidade no processo e aumentar a eficiência da esterilização. Recomenda-se complementar a secagem com jato de ar comprimido isento de óleo;
6. Inspecionar visualmente: com auxílio de lupa, depois da secagem. Se necessário, proceder nova lavagem e secagem;
7. Por fim, embalar, selar e esterilizar. Reiteramos: impossível esterilizar adequadamente sem lavagem eficiente.
WOSON
A Serviço de Uma Saúde Biossegura.